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Economia e Investimentos

Ações, títulos públicos, moedas e outros ativos se valorizam e desvalorizam constantemente e, por isso, são objetos de estudo constante por analistas e investidores que tentam acertar o momento de comprar e vender, no intuito de obter lucro. Apesar de algumas pessoas ainda acreditarem que os ativos se movem seguindo padrões quase místicos, a verdade é que um ativo se valoriza seguindo fundamentos econômicos. Por exemplo, as ações de uma determinada empresa sobem quando seu lucro aumenta e/ou sua dívida diminui, ou quando a previsão de lucro futuro aumenta, criando uma expectativa de remuneração aos acionistas maior no futuro do que é hoje. Se uma empresa vale U$300 bi, é porque ela gera uma previsão de retorno compatível aos acionistas. É necessário conhecer os fundamentos econômicos macro e micro para não cometer erros básicos. Algumas variáveis econômicas têm força suficiente para derrubar ou elevar o preço de um ativo, e desconsiderar isso seria negligência.

Macroeconomia

Segundo o dicionário Google, macroeconomia é o ramo da economia que estuda, em escala global e por meios estatísticos e matemáticos, os fenômenos econômicos e sua distribuição em uma estrutura ou em um setor, verificando as relações entre elementos como a renda nacional, o nível dos preços, a taxa de juros, o nível da poupança e dos investimentos, a balança de pagamentos e o nível de desemprego. Portanto, variáveis macroeconômicas afetam diversos setores, sendo interessante estudar o impacto que elas causam nos ativos financeiros.

Selic

A Selic está entre as principais variáveis macroeconômicas. Representa a taxa básica de juros do país. Nela são baseados os juros do cartão de crédito, juros de empréstimos pessoais, imobiliários, e até mesmo a remuneração da poupança sofre modificações quando a Selic se move. Quando os juros estão altos, é natural que as pessoas e empresas contratem menos juros, ou seja, consumam menos. Com o consumo em baixa, é natural que as empresas vendam menos, e portanto lucrem menos. Como o preço da ação está atrelado ao lucro da empresa, é natural que o preço da ação diminua nesse cenário. Com o consumo em baixa, é natural que a inflação caia, abrindo espaço para que as autoridades reduzam os juros. Quando os juros estão baixos, ocorre o contrário. Pessoas e empresas contratam mais juros, aumentam o consumo, impactando positivamente no valor das empresas, sendo intuitivo imaginar que as ações subam nesse cenário. Com o consumo em alta é natural que a inflação suba, forçando as autoridades a aumentar os juros, perpetuando assim os famosos ciclos econômicos de alta e baixa.

IPCA e IGPM

São os dois principais indicadores de inflação no Brasil, sendo o primeiro divulgado pelo IBGE e o segundo pela FGV. Autoridades acompanham esses índices, entre outros, para direcionar sua política econômica. Empresários reajustam salários baseando-se na inflação, mercados reajustam preços de acordo com a inflação, aluguéis são reajustados seguindo esse dado. A inflação também faz o dinheiro perder poder de compra, sendo mandatário para o investidor sempre remunerar seu capital por, no mínimo, o índice de inflação, senão ele estará perdendo dinheiro. Por exemplo, no passado recente tivemos uma inflação de 10% medido pelo IPCA e um rendimento de poupança próximo a 6% ao ano. Um investidor que deixou o dinheiro na poupança nessas condições teve perda real de 4% ao ano.

PIB

Segundo O Livro da Economia, Editora Globo, 2013, PIB é o valor total dos bens e serviços trocados por dinheiro num país em determinado período (em geral um ano). Sendo assim, é natural que ativos financeiros como bolsa e títulos especulativos subam se o PIB subir, e caiam se o PIB cair. Como existe intuitivamente uma relação entre PIB e ativos financeiros, é importante armazenar esse dado e considerá-lo na hora da tomada de decisão de investimentos.

Balança comercial

Registra o saldo das importações e exportações de bens e serviços entre os países. Esse dado tem forte impacto na decisão das autoridades sobre o câmbio. O câmbio não é objeto de estudo nesse curso, mas o aluno pode, após aprender o modelo de programação de inteligência artificial, buscar dados da balança comercial para amparar decisões de investimentos relacionadas ao câmbio.

Microeconomia

A microeconomia estuda o comportamento econômico individual de consumidores e empresas, englobando as preferências do consumidor, a estrutura econômica de organizações, maximização de lucros, etc. O estudo da microeconomia é de fundamental importância para a decisão de investimentos em determinadas empresas. Estudando macroeconomia o investidor pode identificar que agora é o momento para se comprar ações, mas, qual ação comprar? É preciso identificar empresas com saúde financeira, com potencial de gerar lucro, reduzir ou até mesmo zerar dívidas, pagar dividendos, entre outras variáveis. Pode acontecer de uma ação cair mesmo em períodos de crescimento econômico, porque a empresa não possui equilíbrio contábil.

Investimentos

Uma pessoa investe seu capital em determinado ativo com o objetivo de preservar patrimônio e obter lucro. Um investimento pode ser financeiro, como CDB, títulos do tesouro direto, poupança e ações, ou pode ser não financeiro, como imóvel e investimento anjo. Investimentos financeiros geralmente possuem mais liquidez do que os não financeiros. Abaixo temos alguns dos investimentos mais populares.

Ações

O investidor que adquire uma ação, adquire na verdade uma fatia de determinada empresa. No Brasil, compra e venda de ações são realizadas pela B3 e intermediadas por uma corretora de valores. Corretoras cobram uma taxa de corretagem para mediar a compra e venda das ações. Quanto maior a corretagem, maior o custo da operação. Portanto, é interessante contratar uma corretora barata. Mas é importante ficar atento à saúde financeira da sua corretora, para evitar transtornos relacionados à falência e recuperações judiciais. É possível monitorar os balanços de sua corretora pelo site Bancodata. Essa precaução vale não só para compra de ações, mas para qualquer investimento financeiro. Uma característica marcante do mercado de ações é a volatilidade. Da mesma forma que uma ação se valoriza rapidamente, multiplicando o capital do investidor, ela pode se desvalorizar, causando enormes prejuízos. Por isso, é importante reunir conhecimento sobre o que faz uma ação subir ou cair, e operar apenas a favor dos fundamentos econômicos. Algumas decisões de autoridades têm enorme impacto no valor das ações, e não seria prudente operar contra a tendência que essas decisões criam. Mas, que decisões são essas e qual o tamanho do impacto que elas causam no valor das empresas? No curso Investimentos com Inteligência Artificial e Python vamos trabalhar junto com o computador e a ciência para ajudar a responder essas questões.

Câmbio

É um investimento no qual se adquire uma quantidade de moeda estrangeira, como euro e dólar. Uma pessoa pode adquirir moeda estrangeira sem a intenção de investir, quando pretende viajar, por exemplo. Apensar de não tratarmos do câmbio em nossos cursos por enquanto, a idéia por trás das flutuações de preço seguem uma lógica fundamentalista, assim como os demais ativos, de modo que ao aprender o modelo de previsão usando inteligência artificial, o investidor pode aplicar o conhecimento neste ativo também. O câmbio pode ser fixo mas, no Brasil, desde 1999, o regime cambial adotado é flutuante, considerado mais adequado para mercados econômicos desenvolvidos. Mesmo sendo flutuante, é comum vermos o Banco Central atuando para atenuar flutuações bruscas do câmbio, comprando e vendendo moeda estrangeira. O Brasil tem um grande arsenal de reservas internacionais para amortecer choques, o que traz estabilidade para sua economia. Além da intervenção direta do governo, há ainda formas indiretas de um governo influenciar o valor do câmbio, (ex: taxação de produtos importados) e para tomar decisões desse tipo ele se utiliza de dados históricos. Um desses dados é a balança comercial.

Tesouro Direto

O Brasil tem registrado déficits orçamentários recorrentes nos últimos anos. O déficit orçamentário ocorre quando o governo gasta mais do que arrecada. Ora, se o governo gasta mais do que arrecada, precisa necessariamente fazer dívida para cobrir os gastos excedentes. Antigamente, o Brasil financiava seus gastos recorrendo ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Hoje, o país financia sua dívida emitindo títulos públicos e pagando juros sobre eles. Qualquer cidadão brasileiro pode emprestar dinheiro ao governo ao adquirir títulos públicos através do tesouro direto, e vai receber juros enquanto for detentor desses títulos. Para o investidor, é importante conhecer qual tipo de título adquirir e quando, pois apesar de serem considerados renda fixa, alguns títulos sofrem com a volatilidade assim como as ações.
Tesouro IPCA+
Possui um componente préfixado, que é uma taxa de juros fixada no momento da compra, e um componente pósfixado, que é o IPCA. Como o rendimento desse título está atrelado ao IPCA, o investidor fica protegido contra a inflação. Esse título é especulativo no caso do investidor querer vender antes de seu prazo de vencimento. O título se valoriza à medida em que o tesouro reduz a taxa de seu componente prefixado, e se desvaloriza a medida em que o tesouro aumenta essa taxa. Os gráficos da figura abaixo, obtidos através do site tdireto ilustram esse comportamento.
Figura.1 - TIPCA+ 2035 Taxa Vs. Preço do Título.
O gráfico superior representa a taxa, ou seja, o componente prefixado, e o gráfico inferior representa o valor do título. Perceba que há uma correlação negativa entre a taxa e o preço do ativo: quando a taxa sobe, o preço cai, e vice-versa. Para o investidor, é importante adquirir o título quando a previsão é de queda para a taxa. Quando a previsão para a taxa for de alta, o melhor a se fazer nessa categoria de investimento é adquirir título posfixado, ou seja, Tesouro Selic. Em geral, quanto maior o prazo de vencimento de um título Tesouro IPCA+, mais volátil ele é.
Tesouro IPCA+ com juros semestrais
Funciona como o Tesouro IPCA+, porém paga cupons de juros semestrais. Os cupons pagos são descontados do valor do título, de modo que o investidor não está recebendo nada a mais, mas apenas está recebendo de uma forma diferente. O investidor que deseja fazer renda com o ativo não precisa então vender parte dos títulos para isso.
Tesouro Prefixado
São títulos que têm sua rentabilidade total contratada no ato da aquisição. Ao contrário dos títulos atrelados ao IPCA, este não possui proteção contra a inflação. Caso o investidor queira se desfazer do título antes do vencimento, vai ter que enfrentar a volatilidade, da mesma forma que o Tesouro IPCA+: se a taxa subir, o preço do título cai.
Tesouro Prefixado com juros semestrais
Possui comportamento semelhante ao Tesouro Prefixado, porém paga cupons de juros semestrais.
Tesouro Selic
É um título não especulativo, sem volatilidade, com rendimento atrelado à taxa Selic. Esse título não sofre desvalorização nominal. Ideal para momentos em que a Selic esteja subindo, fato que em geral derruba os preços de títulos atrelados à inflação ou prefixados.

Imóveis

Durante muito tempo o imóvel foi o queridinho do brasileiro para investimento e proteção patrimonial. Hoje ele concorre com investimentos financeiros, que se tornaram mais populares nos últimos anos. Há inclusive formas de se investir em imóveis através de investimentos financeiros, adquirindo fundos imobiliários. É possível investir em imóveis de diversas maneiras: permutas, construindo, reformando, através de fundos, leilões, compra e venda, buy and hold, aluguel para residência ou uso empresarial, etc. Alguns dados importantes a serem analisados antes de adquirir imóveis pensando em sua valorização são: a taxa Selic, a quantidade de crédito disponível, alterações nos prazos máximos de financiamentos por bancos públicos, a quantidade de pessoas presas nos cadastros de inadimplentes, entre outros. O curso Investimentos com Inteligência Artificial e Python ensina, através de programação, matemática, estatística e inteligência artificial, a como calcular os impactos que as diversas variáveis econômicas têm nos ativos financeiros, possibilitando a criação de modelos preditivos. Para quem já conhece programação, aprender inteligência artificial será tarefa natural. Para quem não conhece, o site ihack oferece o curso Python Básico que ensina programação utilizando a linguagem Python. O processo de aprendizado de programação exige dedicação, porém no mundo todo já é um caminho sem volta. Acredito que acontecerá com a programação o mesmo que ocorreu com a língua inglesa nas décadas passadas: era privilégio da elite, posteriormente virou diferencial de mercado, e agora é obrigatória. Na ihack você encontra o material de estudo necessário para aprender sobre investimento unido às técnicas de programação, data science e inteligência artificial.