O Linux é um dos exemplos mais bem sucedidos de software livre. Foi originalmente concebido pelo filandês Linus Torvalds, quando convidou a comunidade para desenvolver um sistema operacional que pudesse ser alterado por quem tivesse um bom projeto em mãos. O objetivo era a construção de um sistema operacional mais adaptável para ser executado em computadores pessoais, na época, o AT-386. Em outubro de 1991, a primeira versão foi lançada. Desde a primeira versão até hoje, muita coisa mudou: a comunidade cresceu, o hardware ficou mais potente, foram lançadas inúmeras distribuições com interfaces amigáveis e o Linux chegou aos computadores pessoais dos usuários. A instalação de programas ficou simples, e diversos desenvolvedores disponibilizam programas diversos, como planilhas, editores de documentos, softwares de processamento de imagem, áudio e vídeo, tudo com licença GPL, o que significa que você pode abrir o código, alterar as funcionalidades do programa, compilar e assim contribuir com o desenvolvimento do software. E o que é muito importante, na maoria dos casos, tanto o Linux quanto os programas que executam nele são gratuitos. O usuário não precisa pagar e ainda assim está utilizando software original. Essa combinação de características está fazendo a comunidade crescer rapidamente.
No lado oposto ao software livre está o software proprietário. Nele o usuário não tem acesso ao código fonte, não pode contribuir com a melhoria do programa alterando seu código, e geralmente precisa pagar para utilizá-lo. Entre os sistemas proprietários, destaca-se o Windows.
Assim como o Windows, o Linux também possui ambiente gráfico e ambiente de terminal de comandos. No que diz respeito à Data Science, o terminal de comandos do Linux oferece comandos que permitem qualquer tipo de transformação de dados que o analista deseja efetuar. A Microsoft, antes relutante, já percebeu o poder do Linux e agora já está disponibilizando o terminal de comandos do Linux dentro do Windows, como pode ser observado neste link ou numa busca rápida no google.
Conhecer o Linux se faz necessário para qualquer pessoa que deseja ingressar na indústria 4.0. Para colocar um site no ar, por exemplo, é possível contratar uma hospedagem Linux gratuita, pagando apenas o custo do hardware para o provedor. Todos os softwares que servem de base para seu site rodar na Internet são gratuitos, como o servidor web Apache e o banco de dados MySQL, por exemplo. Se fosse utilizar software proprietário, seria necessário pagar pelas licenças do software também. Com uma hospedagem toda em software livre, é possível manter um site por menos de vinte reais por mês, que é o custo de aluguel do hardware, porque o custo do software é zero. Cito como exemplo um sistema de câmeras que temos que é todo controlado por software livre, gratuito. Como o serviço ficou muito bom, e é possível acessá-lo de qualquer lugar do mundo, fazemos doações periódicas ao mantenedor do software, o ZoneMinder. Essa é uma outra característica do software livre: é possível contribuir com codificação de melhorias ou doações para os mantenedores, que fazem um trabalho excepcional. O custo para manter as câmeras? Zero. Sem o software livre, seria necessário cerca de mil reais para instalar o sistema proprietário, mais uma mensalidade para manter o serviço no ar; "Linux não é apenas geração de receitas, é redução de custos também". O Linux é bastante adequado para controlar a IoT (Internet das Coisas) de sua empresa ou residência. Ele possui uma enorme comunidade mundial que está sempre pronta para ajudar a solucionar problemas através dos mais diversos fóruns disponíveis na Web.
Existem diversas distribuições Linux. Uma distribuição Linux é um sistema operacional que utiliza o Linux acrescido de uma coleção de softwares, fornece um gestor de pacotes (arquivos necessários para instalação de programas) e um repositório para esses pacotes, ou seja, um local de onde são baixados. Algumas distribuições são suportadas pela sua comunidade, como o Debian, outras possuem o suporte de companhias, como a Red Hat. Uma característica do Linux é a possibilidade de utilizar diferentes ambientes gráficos para uma única distribuição Linux. Assim, para mudar a interface gráfica, não é necessário mudar a instalação de todo o sistema operacional. Dentre as combinações mais amigáveis ao usuário, destaca-se o uso da distribuição Ubuntu combinada com o ambiente gráfico Gnome. A figura 1 mostra um screenshot do sistema operacional Debian juntamente com o ambiente gráfico XFCE, uma combinação leve, para quem gosta de otimizar o uso dos recursos de processamento. Cada usuário deve encontrar sua distribuição favorita, baseado nos critérios de usabilidade, desempenho, segurança e demais aspectos que julgar importantes.
Apesar das vantagens serem inúmeras, é devido ao seu poder de processamento de dados que adotamos em nossos cursos o sistema operacional Linux. Se o aluno já possui conhecimento em Linux, será de grande valia. Se não possui, o curso Investimentos com Inteligência Artificial e Python trás consigo um curso de Linux que aborda o passo a passo para instalação, operação do terminal de comandos e preparação do ambiente de programação Python. O Linux é adequado para programação em Python por disponibilizar os repositórios oficiais das bibliotecas necessárias para implementar algoritmos de inteligência artificial e realizar análises econômicas. É possível fazer a instalação do Linux sem ter que apagar seu Windows da máquina, utilizando máquina virtual.
Se o seu objetivo é investir, fazer Data Science, implantar a IoT na sua residência e/ou empresa, utilizar software livre ou entrar no mercado da indústria 4.0, é importante conhecer o sistema operacional Linux.
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